Glorias, vitórias e conquistas. São essas palavras que pulsam constantemente na memória do torcedor alvinegro, que se acostumou a presenciar um time vencedor dentro e fora de campo ao longo da história de um clube quase centenário. A verdade é que os últimos grandes momentos do Figueirense ocorreram na primeira década desse século, com destaque principalmente à sequência de participações na elite do Brasileirão, tornando-se o clube catarinense com maior presença na série A, e a gloriosa campanha na copa do Brasil de 2007 que acabou resultando no vice campeonato daquele ano. É claro que o Figueirense não parou de conquistar seus títulos estaduais, afinal é o mais vezes campeão e soberano no estado, mas a crise interna do clube que cresce de 2010 em diante causa preocupação em relação ao cenário nacional.
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Foto reprodução: Figueirense FC |
Os bastidores
A empresa Elephant, que assumiu o clube em 2017, trouxe para o Figueirense e Santa Catarina uma nova ideia de gestão, tratando o clube como uma empresa (tal como a maioria dos clubes europeus). Com propostas de investimentos, aportes financeiros e pagamento das dívidas, a empresa iniciou sua trajetória ganhando confiança de parte da torcida que acreditava em algo novo e não aguentava mais o fracasso dos dois últimos presidentes: Nestor Lodetti e Wilfredo Brillinguer.
O fato é que logo no início da gestão, interesses individuais foram tratados como prioridade em detrimento de benefícios ao clube, dando início a uma situação que hoje torna-se quase insustentável. Os anos de 2017 e 2018 foram tenebrosos para o torcedor alvinegro, o time fez uma campanha vexatória na série B com grande possibilidade de rebaixamento à terceira divisão nacional, e tudo isso por um motivo principal e que persegue o Figueirense até hoje: Dívidas e atrasos salariais. Ninguém quer trabalhar sem receber, e essa situação desgastou fortemente o relacionamento da Elephant com os torcedores alvinegros, que hoje em sua maior parte exigem a saída da empresa do comando do clube. Os torcedores se afastaram, o time ficou desacreditado e os cartolas abusando de promessas afim de tirar o clube dessa situação.
2019: Um recomeço?
Depois de 2 anos lutando para não cair para série C, um novo ano iniciou-se e as promessas como sempre vieram, e dessa vez pelo novo presidente da empresa: Claudio Honigman. O momento que era ruim, tornou-se péssima quando o ídolo do clube Fernandes pediu demissão do seu cargo alegando não acreditar numa melhora e que tudo caminhava para o lado contrário do sucesso. Por outro lado, Honigman aponta que os problemas atuais do figueirense são fruto do passado do clube e que a Elephant está administrando e dando prioridade ao pagamento de dívidas mais importantes. O momento é de atenção e olhos abertos, pois ao início desse segundo semestre muitas acusações andam sendo feitas tanto em relação aos apoiadores como os contrários à atual gestão. Nos resta aguardar o desfecho!
O Figueira em campo: a mesma bagunça?
Atrasos salariais, confusão nos bastidores e gestão duvidosa. Na verdade quando essas palavras são colocadas em um texto, certamente trata-se de um clube arrasado dentro e fora de campo. Mas não! O time alvinegro, comandado atualmente pelo ótimo profissional Hemerson Maria, mostrou-se focado no maior objetivo: Conquistar o acesso à elite do futebol brasileiro. Vindo de uma campanha razoável no estadual, sendo eliminado apenas na semifinal pela chapecoense, o clube utilizou bem o início de temporada para realizar testes e apostou fielmente na base para montar um elenco competitivo. A verdade é que os jogadores parecem estar blindados diante de toda essa crise interna do clube e após a parada da Copa América voltaram à competição de forma perfeita, aplicando uma incrível goleada de 4x0 sobre o América MG fora de casa.
O Figueirense ocupa nesse momento a 6 colocação na série B com 16 pontos, mesma pontuação do 4 colocado. A campanha alvinegra é promissora e a melhora tática da equipe, que é limitada, surpreende os verdadeiros torcedores que acreditam em um futuro de sucesso. Hemerson Maria, profissional fiel ao seu trabalho e demonstrador de enorme respeito ao clube, é o principal nome dessa superação e alinhado à bons resultados está trazendo aos poucos a torcida novamente para o Scarpelli, nossa casa.
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Foto reprodução: Figueirense FC |
Conclusão
É preciso viver a realidade, entender que os bastidores alvinegros andam turbulentos, mas é necessário, também, focar no que está dando certo e deixar os problemas internos para o conselho do clube resolver junto à Elephant. Dessa forma, a torcida deve abraçar os jogadores, pois mesmo com atrasos salariais, eles nos demonstram caráter e respeito ao vestir a camisa quase centenária do furacão.
O Figueirense é de todos os apaixonados, é da maior torcida de Santa Catarina, e não serão interesses individuais que vão acabar com essa paixão. Vamos juntos fazer um Figueirense cada vez mais forte, você é primordial na retomada dos bons caminhos que o clube já percorreu, você faz parte dessa história.
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