quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Entre lesões e desgastes, Bahia e São Paulo empatam na Fonte Nova

Após três jogos na temporada com o retrospecto favorecendo o Tricolor Baiano (2 vitórias e um empate), o São Paulo viajou para Salvador na missão de finalmente marcar um gol no clube nordestino e engatar duas vitórias consecutivas – essa pelo menos era a proposta da equipe –, no entanto, os times repetiram o placar do primeiro
turno, mais de 34 mil torcedores acompanharam um indigesto zero a zero.

No duelo entre atacantes e zagueiros, melhor pros defensores hoje (Felipe Oliveira - EC Bahia)


Com Daniel Alves e Antony em compromissos de data FIFA e Arboleda suspenso, Fernando Diniz escalou Anderson Martins e Liziero (outrora reservas) e promoveu o retorno de Alexandre Pato, após quase um mês em tratamento de lesão. Do outro lado, Roger Machado perdeu Gilberto de última hora, optou então por Fernandão.

A torcida são-paulina estava na expectativa de começar a notar os traços do “Dinizismo” no estilo de jogo, mas a única coisa de mais perceptível foi a saída de bola: a todo momento fora trabalhada no toque de bola, sem chutão ou rifadas de bola. A pratica acabou atraindo o ataque baiano para cima, o time da casa pressionou muito a defesa adversária e por pouco não provocou falhas individuais.

São Paulo invicto com Diniz, mas há muito a melhorar (Rubens Chiri - São Paulo FC)


Ofensivamente, sem surpresas: o São Paulo buscou tabelas com Hernanes e Pato, mas nitidamente carecia de entrosamento e de apoio de extremos. A posse de bola foi prezada durante todo o tempo, mas uma linha de defesa muito consistente do mandante anulou quaisquer tentativas reais. A mais perigosa saiu no primeiro minuto de jogo, após jogada de linha de fundo de Alexandre Pato, a bola caiu nos pés do Profeta, no meio da área, porém o chute infelizmente saiu mascado e sem força, mesmo assim levou perigo.

Entretanto, o destaque do dia não foi uma defesa decisiva, um drible, um gol, tampouco erro de arbitragem. A bruxa estava solta dos dois lados e ambas as equipes ficaram reféns de um condicionamento físico totalmente ineficaz. Aos 39 minutos da primeira etapa, Pablo, sozinho, sentiu o adutor e imediatamente foi substituído por Igor Gomes. No lance seguinte, Moisés, também sozinho, se machucou e obrigou Roger Machado a queimar a primeira alteração, Giovanni o substituiu. No começo do segundo
tempo, Juanfran, com dores, saiu para a entrada de Igor Vinicius, e para completar a trinca, Liziero novamente precisou sair, mais uma contusão.

Não suficiente, na metade do segundo tempo, os dois times já demonstravam muito cansaço e simplesmente cessaram fogo. Alexandre Pato, ofegante, não oferecia mais perigo e não podia mais ser substituído, Igor Gomes e Vitor Bueno buscaram espaços, mas sem referências ofensivas não progrediram. O Bahia por sua vez, teve muita dificuldade em passar pela defesa são-paulina, que no geral fez uma partida segura, sobretudo falando de Luan e Bruno Alves. Restou ao clube do Morumbi controlar a posse de bola e evitar se expor, a superioridade foi de 60% contra 40% do mandante.

A preocupação pelos lados do São Paulo é gritante, considerando seu próximo compromisso: o Tricolor do Morumbi recebe o rival Corinthians no próximo domingo (13), a lista de desfalques promete ser extensa, os são-paulinos encerram a rodada na 5ª colocação com 40 pontos. O Bahia é o 8º da tabela, com 38 e no sábado (12) vai ao Maracanã enfrentar o Fluminense.


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