Na noite desta quarta-feira, 17/07/2019, o Bahia foi eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil, pelo Grêmio de Porto Alegre, em plena Fonte Nova lotada de torcedores (quebra do recorde de público do estádio em jogos em clubes – 46.663 pessoas presentes).
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Foto/divulgação: Bahia |
O jogo
O Bahia foi amplamente dominado pelo seu adversário, jogando quase sempre com os 11 jogadores atrás da linha da bola, não achando alternativas nem para um bom contra-ataque.
Os 25 minutos iniciais de primeiro tempo foram marcados por total domínio do time de Renato Portaluppi, com uma posse de bola assombrosa e total passividade baiana. Aos 26 minutos, no entanto, Artur cobra falta na área e após bate e rebate, Lucas Fonseca chuta forte e quase inaugura o placar.
O que se viu após o lance anterior foi novo domínio do Grêmio, que quase foi premiado ao fim do primeiro tempo, mas esbarrou num milagre do goleiro Douglas, que, aos 42 minutos, com a ponta dos dedos, desvia uma bola rasteira. Aos 43, nova defesa de Douglas, salvando o Bahia de ir para o intervalo com a derrota parcial.
Times voltam para o segundo tempo sem alterações, mostrando conformismo de Roger com a falta de potencial ofensivo do Bahia e satisfação de Renato Gaúcho, com os quase 70% de posse de bola no primeiro tempo.
Um sopro de esperança para o torcedor tricolor baiano, após uma breve melhora do time no início de segundo tempo, com a saída do apagado Élber e entrada de Artur Caíque. Mas em seu melhor momento no jogo, veio um grande castigo: gol do Grêmio.
Após falha individual do lado esquerdo da defesa tricolor, Alisson dribla 2 defensores e manda de esquerda no canto inferior da meta tricolor, decretando assim a abertura do placar: Bahia 0 x 1 Grêmio, aos 20 minutos do segundo tempo. O time baiano teria que começar a fazer o que não fez durante todo o jogo. Agredir o Grêmio em busca do empate era fundamental.
Em meio à tentativa de reação, um contra-ataque mortal do time gaúcho deixa ainda mais difícil a reação tricolor. O árbitro marca pênalti de Moisés em Alisson, mas, corrigido pelo VAR, muda sua decisão de marcar falta fora da área, expulsando o lateral esquerdo do Bahia, com justiça, visto que a chance de gol era clara.
O que se viu a partir daí foram tentativas baianas no abafa, com apenas uma chance clara de gol numa cabeçada de Fernandão, para fora. O Grêmio se mostrava perigoso, mas preferia controlar o jogo e manter o resultado para a classificação, valorizando cada segundo de posse e cada falta que conseguia cavar.
“Nó tático”
Embora a torcida do Bahia prefira execrar Moisés e a jovem joia da base, Ramires, o que aconteceu na Arena na noite desta quarta, foi um verdadeiro nó tático de Renato Gaúcho em Roger Machado.
Obviamente que a qualidade do elenco gremista é bem superior ao elenco baiano, mas a inabilidade do Bahia em conseguir levar perigo ao gol gremista foi a tônica durante todo o jogo. O Bahia foi encaixotado e totalmente dominado pela posse de bola do time gaúcho que beirou os 65%, sem chances sequer em jogadas de contra ataque.
Fica a tristeza, mas também um bom choque de realidade. O time do Bahia tem boas peças e é bem organizado, mas talvez não esteja no nível que a sua torcida espera. Valeu o show da torcida e a luta dos jogadores. Axé.
1 comentários:
Valeu mais uma vez um textão com tamanha explanação do que foi a partida e parabéns por cada palavra. Gostaria de um texto desses em todos os jogos, seria pedir muito? 😘 Fabi Albuquerque
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