Dois dos maiores clubes do Brasil se enfrentaram em Belo Horizonte na última quarta-feira (17). Suas torcidas, na mais saudável das relações, brincavam a respeito do Cruzeiro necessitar vencer seu grande carrasco em pontos corridos para somar pontos na fuga da zona de rebaixamento. Não pra menos, o retrospecto do São Paulo era o mais favorável possível: o dobro de vitórias a mais do que a Raposa em confrontos diretos.
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| Fernando Diniz obteve seu primeiro revés no Tricolor (Rubens Chiri - saopaulofc.net) |
Porém, em uma noite onde nada funcionou para o Tricolor, o time mineiro saiu vitorioso pelo placar de 1 a 0.
Desde os primeiros minutos, o visitante praticou a filosofia de saída de bola por meio de passes rápidos e controle de posse de bola, método esse que apresentou muitos defeitos, foi corriqueiro ver o time do Morumbi errando passes e quase entregando bolas ao adversário que gerariam situações claras de gol. Os comandados de Abel Braga, cientes da oportunidade, passaram a subir o bloco de ataque para um alta marcação na saída, induzindo o São Paulo ao erro.
Quando com a posse de bola, o Cruzeiro parecia não saber o que fazer no primeiro tempo, alguns chutes de longe foram esboçados, mas as infiltrações e jogadas de linha de fundo não estavam funcionando, mais um bom início de jogo defensivo por parte de Bruno Alves e Arboleda. O São Paulo encontrava o mesmo problema, mesmo com o retorno de Daniel Alves, a bola pouco passava pelos craques do time, o camisa 10 pouco pegou na bola para iniciar criação, tampouco Hernanes, que passou o jogo inteiro supervisionado pelos volantes da Raposa.
A melhor chance do time paulista na partida veio aos 47 do segundo tempo, Alexandre Pato foi acionado no ataque e dominou já tirando o defensor da jogada, permitindo que saísse cara a cara com Fábio em ângulo cruzado, chance esta que o atacante de 2014/2015 jamais perderia, porém, como a fase está um tanto complicada para o camisa 11, o chute saiu extremamente fraco e em cima do goleiro Fábio, que fez a defesa
sem dificuldades, o gol perdido fez muita falta no saldo final.
sem dificuldades, o gol perdido fez muita falta no saldo final.
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| Alexandre Pato, esperança da equipe, parou na blitz celeste (Twitter Mineirão) |
No segundo tempo, Abel Braga escalou Marquinhos Gabriel no lugar de Robinho, já Fernando Diniz chamou Vitor Bueno para substituir Juanfran, ambos os clubes pareciam vir com propostas mais ofensivas na etapa final, porém, somente o time da casa foi feliz. Aos 12 minutos, Marquinhos Gabriel invadiu a área pela direita e cruzou na medida para Thiago Neves que cabeceou de forma certeira e livre de marcação no contrapé de Thiago Volpi para desafogar o Mineirão, festa azul no estádio que recebeu 30.969 pessoas.
Com o placar suficiente, o Cruzeiro passou a administrar o resultado e buscou equilibrar a posse de bola, o São Paulo continuou dominando (teve 60% ao final do jogo), mas não criava. Antony e Vitor Bueno buscavam os espaços do fundo, mas os laterais Egídio e Edílson tiveram um dia mais iluminado que os garotos. Igor Gomes e Liziero entraram nos lugares de Hernanes e Luan, respectivamente, para acelerar o toque de bola e buscar infiltrações mais ágeis, sem sucesso.
Na finalidade de fechar mais o time, Jádson e Ariel Cabral entraram no lugar de Éderson e David, respectivamente. Já nos acréscimos, a torcida tricolor quase pôde comemorar o empate, mas o chute chapado de Reinaldo saiu à esquerda do gol, tirando tinta da trave, nada que impedisse que o os três pontos ficassem em Belo Horizonte, final de jogo de muito alívio para o clube celeste e Abel Braga, que conquistou sua primeira vitória no comando do Cruzeiro.
Com o triunfo, a Raposa chegou aos 25 pontos mas não saiu da décima oitava colocação, o próximo desafio será no sábado (19) diante do Corinthians, em Itaquera. O Tricolor estacionou nos 43 e só não caiu de posição pois o sexto colocado, Grêmio, perdeu em casa. Agora o compromisso é em casa, domingo (18), frente ao Avaí.
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